Ementa
Em meio a tantas discussões na área de Comunicação, é fundamental o estudo das teorias de comunicação nas ciências humanas, nas quais a midialogia exerce papel essencial. Ocorre que as Teorias clássicas tinham o rádio como meio principal para análises e pouco se estuda este ponto, por um lado porque o rádio ainda é um ilustre desconhecido para estudiosos de teorias de comunicação, por outro lado, porque a vertente americana das teorias também é pouco conhecida. Um campo que se destaca neste momento é o da relação entre mídia, cultura e poder, no contexto da hibridização cultural e de outra globalização possível. Estudar, portanto as teorias de comunicação hoje, além da aquisição de conhecimento sobre as diversas correntes interpretativas e teóricas e as reflexões que foram e estão sendo construídas historicamente a partir dos processos comunicacionais, particularmente a partir do rádio, é também buscar entender como ocorrem as mediações, a evolução das tecnologias de comunicação e produção cultural em uma sociedade na “era da mobilidade”. Esta evolução nos coloca hoje diante de uma questão, ou seja, em nenhum momento a mídia teve papel de tamanha relevância social e em tanta evidência, pois os grandes complexos midiáticos se veem retraídos e buscando novos espaços e funções, diante da velocidade e possibilidades comunicativas que as mídias sociais admitem, seja para a organização das grandes manifestações populares, seja para a denúncia das arbitrariedades políticas e econômicas, que priorizam e insistem no atraso social.
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