Autor(a): Mario Finotti Silva
Orientador(a): Jorge Miklos
Data da defesa: 25/02/2014
Resumo: A velocidade está presente na vida social da humanidade desde que os processos de transformação produção/mercado exigiram que o homem se adaptasse ao devir e que esse engendramento o colocaria numa condição funcional da máquina mercadológica das grandes corporações. O envolvimento discreto só é percebido quando a dependência torna-se crítica e é nesse momento que uma análise se faz necessária. O objeto central da dissertação é a dromologia e a dromocracia. O problema de pesquisa baseia-se na indagação sobre as transformações – quais, por que, quando, como e com quais consequências – ocorridas na sociedade a partir do momento em que a aceleração converteu-se, nesses domínios, em um vetor socialmente majoritário e predominante. Nesse contexto, quais os aspectos comunicacionais da dromocracia, seus modelos compactados e acelerados de função comunicativa. E quais as resistências ante a lógica dromocrática. As hipótese iniciais davam conta de que a cibercultura como “espelho” de nossa época fosse marcada pela violência e assim sendo dentro desse processo de espelhamento social diferenciando excluídos e excluidores. Os excluídos, leiamos os consumidores de baixa renda, não conseguem acompanhar a velocidade com que a tecnologia avança e os excluidores, leiamos as grandes corporações, não permitem que os excluídos participem dessa corrida pela inovação. Virilio politiza, assim, desde os pressupostos elementares da elaboração teórica, não somente a democracia, mas primordialmente o seu pilar processual, a velocidade. A metodologia da pesquisa é de caráter bibliográfico exploratório. Não foi nossa pretensão esgotar o assunto, nem considerar essa abordagem como acabada. Dromologia e Dromocracia são fenômenos permeados de grande densidade e complexidade epistemológica, teórica e histórica, passam por um momento de transformações viscerais, as quais ainda em processo de mudança de qualidade, não se adequando a estudos cabais e definitivos. O referencial teórico do projeto está diretamente ligado a autores que engendram a Teoria Crítica da Sociedade Comunicacional e seu vetor civilizatório hodierno, a cibercultura, entre eles destacamos Paul Virilio e Eugênio Trivinho.
Palavras-chave: Cibercultura; Dromologia; Dromocracia; Velocidade; Movimento Slow.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Contribuições da Mídia Para a Interação Entre Grupos Sociais.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Mídia e estudos do imaginário.
Autor(a): Roberto Balduzzi
Orientador(a): Barbara Heller
Data da defesa: 12/03/2014
Resumo: Analisamos as peças publicitárias direcionadas à mulher e veiculadas na revista ‘Vogue’, focalizando a construção do gênero masculino, suas representações e os gêneros do discurso como construção de sentidos. Utilizamos as teorias de Pierre Bourdieu e Gilles Lipovetsky para as questões de gênero e contemporaneidade. Como metodologia, aplicamos a análise descritiva e qualitativa, verificando as proporções e seus significados, bem como a maneira que as publicidades referidas organizam as relações de poder ou o papel social desempenhado pelo gênero masculino em confronto com o feminino. Pretendemos confirmar ou rejeitar a hipótese de que a publicidade de moda dirigida pelas principais marcas internacionais e veiculadas na principal revista de moda feminina no mundo, a revista ‘Vogue’, traz em sua mensagem um apagamento da figura masculina ou coloca-a em um papel social de menor relevância.
Palavras-chave: Revista Vogue; Violência de Gênero; Gênero do Discurso; Publicidade; Moda.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Contribuições da Mídia Para a Interação Entre Grupos Sociais.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Mídia, cultura e política: identidades, representações e configurações do público e do privado no discurso midiático.
Autor(a): Amanda Gaspar Monteiro Traballi
Orientador(a): Antonio Adami
Data da defesa: 14/03/2014
Resumo: No atual cenário de grandes preocupações ambientais, é imprescindível que diferentes grupos, particularmente aqueles que detêm espaço nos meios de comunicação, ajudem a criar e construir o debate em torno do tema proposto nesta pesquisa: a responsabilidade ambiental. Esta dissertação tem como objetivo identificar os diferentes formatos de programas radiofônicos e o modo como o assunto é tratado, do ponto de vista do conteúdo e dos elementos da linguagem radiofônica. Visamos verificar como as matérias veiculadas, cuja temática é a responsabilidade ambiental, são construídas e utilizam elementos estéticos radiofônicos para enriquecer a mensagem no rádio. Identificamos as rádios paulistanas CBN, Eldorado e Estadão, e, por meio dos áudios das matérias veiculadas no período de agosto a dezembro de 2012, verificamos como elas disponibilizam em sua grade programas referentes à responsabilidade ambiental.
Palavras-chave: Rádio; Linguagem Radiofônica; Responsabilidade Ambiental.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Configuração de Linguagens e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Mídia, cultura e memória.
Autor(a): Karolina Coghe
Orientador(a): Malena Segura Contrera
Data da defesa: 17/03/2014
Resumo: A pesquisa visa compreender a tematização da corpolatria (culto ao corpo) tomando como referencial as capas da revista ‘BOA FORMA’. Analisando a abordagem temática, depara-se com a condição de que a maior parte das chamadas impõe o culto ao corpo e a obsessão pelas dietas. A materialidade das revistas e as imagens mostradas submetem os leitores ao padrão apresentado. A pesquisa trata de aspectos relacionados aos significados do corpo ao longo da história, da constituição das aparências corporais e das consequências dessa busca incessante pelo corpo ideal; tal esforço liga-se intimamente a um sentimento de insatisfação e insegurança em relação ao corpo, que leva o ser humano a buscar estratégias para modificá-lo constantemente. O corpus analisado contemplou 12 exemplares da revista ‘BOA FORMA’, no ano de 2012. A problematização foi compreender a proposição constante, do segmento impresso analisado, de um corpo magro e hiperdemandado, no contexto da sociedade midiática do séc. XXI. A hipótese central que norteou a pesquisa foi a de que, entre os fatores atrelados à falta de felicidade, está a condição de um apelo e idolatria à imagem do “corpo perfeito”. Partindo da hipótese que as promessas dessas revistas em oferecer um método para o alcance desse corpo perfeito passam por um modelo de corpo considerado pelas mulheres da sociedade contemporânea como o corpo ideal e que o pré-requisito para a aquisição desse corpo é transformá-lo na imagem demonstrada pela mídia. A bibliografia, de caráter exploratório, tem referencial teórico baseado em FREIRE FILHO (2010), BAITELLO (2006), MORIN (1988) e GOLDENBERG (2002).
Palavras-chave: Corpo Real; Corpo Ideal; Corpolatria.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Contribuições da Mídia Para a Interação Entre Grupos Sociais.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Mídia e estudos do imaginário.
Autor(a): Pércia Helena Sabbag Mazo
Orientador(a): Heloísa de Araújo Duarte Valente
Data da defesa: 21/03/2014
Resumo: Esta pesquisa estuda de que maneira as estratégias de composição fotográfica ampliam o sentido das imagens dos alimentos e, mesmo sem contar com sensações táteis e olfativas, transmitem a ideia do sabor que eles possam ter. O objetivo principal é entender como a fotografia gastronômica aplica estratégias de redução e ampliação de sentido, estimulando, assim, o fenômeno da percepção no observador e se é possível perceber que essas técnicas realmente ampliam os valores e atributos da imagem. Para isso, embasado pelos conceitos da semiótica da cultura e da iconofagia, o estudo analisa o signo fotográfico sob o ângulo de sua significação e, embora sendo bidimensional e plano, como pode apreender imaginativamente o sabor peculiar do alimento. Como conclusão, é analisado um conjunto de imagens extraídas de três revistas que compõem o mercado editorial brasileiro, a fim de se constatar tais afirmações e verificar se o papel dos profissionais envolvidos pode conduzir os meios de percepção da imagem.
Palavras-chave: Fotografia Gastronômica; Fotografia; Gastronomia.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Configuração de Linguagens e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Centro de estudos em música e mídia.
Autor(a): Guilherme William Udo Santos
Orientador(a): Antonio Adami
Data da defesa: 28/03/2014
Resumo: Esta pesquisa aborda o rádio, como veículo de comunicação, e os meios sonoros como plataforma para conteúdos trabalhados dentro da conceituação de Armand Balsebre para a Linguagem Radiofônica, ou seja, o conceito da expressividade da linguagem. O radioteatro possibilita ao ouvinte - em um processo de criação conjunta em que ele também participa - criar um universo de imagens pressupostas a partir da audição. Com o advento de novas tecnologias sonoras e os aparelhos de som portáteis, se faz urgente um olhar repensado sobre o senso de “audição”, pois o público encontra-se em um processo de reaprendizado do ouvir. A riqueza da linguagem radiofônica, com as palavras, trilhas, efeitos e silêncios, é pouco aproveitada na produção de radiofonia e na produção sonora contemporânea brasileira em diferentes gêneros e formatos. Buscamos, então, apresentar formas de valorizar o imaginário do ouvinte no que tange à criação, produção e recepção de produtos simbólicos radiofônicos, com a perspectiva de resgate da cultura da oralidade, apoiados por conceitos como a Paisagem Sonora, de Murray Schafer e a peça radiofônica alemã. Para exemplificar, apresentamos análises de elementos do radioteatro e da narrativa ficcional presentes também em outros gêneros, tais como o radiojornalismo e a publicidade.
Palavras-chave: Comunicação; Rádio; Linguagem Radiofônica; Paisagem Sonora; Radiojornalismo; Narrativas.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Configuração de Linguagens e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Mídia, cultura e memória.
Autor(a): Lye Renata Prando
Orientador(a): Solange Wajnman
Data da defesa: 31/03/2014
Resumo: Esta dissertação discute os processos artísticos e comerciais do figurino de uma telenovela. Tem como objetivo central a análise e compreensão do processo por meio do qual o figurino de televisão torna-se moda, a partir do exame do figurino da personagem Heloísa, da telenovela ‘Salve Jorge’. Os fundamentos teórico-metodológicos advêm do Campo das
Materialidades, a partir de autores como Gumbretch – Materialidade da Comunicação - e Bruno Latour – Teoria do Ator-Rede (TAR). Os procedimentos utilizados consistiram na revisão de literatura, realização de entrevistas com figurinistas, coleta de dados empíricos de institutos de pesquisa e associações e reportagens divulgadas nos meios de comunicação. A análise mostrou a existência de um padrão no processo do figurino de telenovela e sua interdependência nos aspectos comerciais e artísticos.
Palavras-chave: Telenovela; Figurino; Campo da Materialidade; Teoria do Ator-Rede.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Configuração de Linguagens e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Moda, comunicação e cultura.
Autor (a): Sandra Couto Barbosa
Orientador(a): Barbara Heller
Data da defesa: 16/05/2014
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo identificar os modelos de feminino criados pela mídia impressa, por meio da análise dos enunciados contidos nos editoriais, capas e cartas de leitoras presentes nos exemplares das revistas femininas ‘Cláudia’ e ‘Petticoat Magazine’, veiculadas no período que compreende os anos de 1967 e 1968, no Brasil e na Inglaterra. Pretende-se com essa pesquisa compreender os processos de produção dos discursos por meio dos quais os ideários femininos foram promovidos e difundidos. Nesse impasse de mudanças e permanências, as revistas femininas retrataram os novos tempos, de certa forma legitimando-os e trazendo representações desse novo modelo comportamental, além de divulgar e discutir os novos horizontes da mulher, popularizando os ideais femininos. Que mulher foi “produzida”? O que foi mantido ou reformulado? O que se falou lá na Europa e ecoou aqui? Como a mídia forjou a nova mulher da década de 1960, em plena “revolução sexual”, e a da virada do século? Como metodologia para a análise do corpus adotamos a Análise do Discurso de Linha Francesa (AD) nos estudos de Michel Pêcheux (1983), escolha que nos permitiu compreender a produção do sentido dado ao gênero feminino e reconhecer nas mensagens além do que é dito explicitamente e, ainda, estabelecer argumentos que nos auxiliem a compreender as estratégias utilizadas pela revista feminina ao construir seu discurso.
Palavras-chave: Mulher; Representação; Cultura.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Contribuições da Mídia Para a Interação Entre Grupos Sociais.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Mídia, cultura e política: identidades, representações e configurações do público e do privado no discurso midiático.
Autor (a): Mauricio Gomes de Mattos
Orientador(a): Jorge Miklos
Data da defesa: 20/05/2014
Resumo: A pesquisa visa compreender a relevância dos vínculos comunicacionais para a constituição das comunidades tomando como referencial a torcida corintiana. Adotou-se como hipótese que a comunicação - quando entendida na sua dimensão antropológica e cultural - exerce grande influência para a interação entre grupos sociais. Os fenômenos comunicacionais presentes nos cenários futebolísticos são amplos e os desdobramentos na constituição de vínculos, identidades e comunidades são, em particular, o foco deste trabalho. A fiel torcida corintiana e a relação constituída com o clube e os aspectos comunicacionais que fomentam e idealizam a ideia de comunidade imaginada, criando ritos, símbolos e signos de identidade é o corpus deste estudo. Para investigar a questão, percorremos dois momentos teóricos. O primeiro passo da pesquisa consistiu na análise dos conceitos de comunicação, cultura e vínculo e suas imbricações com as raízes antropológicas do esporte, conforme o enfoque de Contrera (2010), Huizinga (2000), Gerbauer (2000), Hillman (1999) e Franco Jr (2007). Em um segundo momento, à luz das teorias de Todorov (1996) e Anderson (2008), avaliamos a construção do sentido do significado do vínculo comunitário e sua relação com a torcida corintiana. Ponderamos a relevância dos vínculos comunicacionais que alimentam o sentimento de pertencimento na fiel torcida corintiana.
Palavras-chave: Vínculo; Identidade; Comunidade; Corinthians.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Contribuições da Mídia Para a Interação Entre Grupos Sociais.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Mídia e estudos do imaginário.
Autor(a): Marcilene Aparecida Mangini Frare
Orientador(a): Carla Reis Longhi
Data da defesa: 11/08/2014
Resumo: A Lei de Acesso à Informação (LAI), regulamentada 180 dias após sua sanção, ocorrida em 18 de novembro de 2011, pela presidente Dilma Rousseff (PT), garantiu a abertura de arquivos e o controle da coisa pública, por meio da transparência ativa e passiva. As principais consequências foram o resgate da memória, o combate à corrupção, o controle social e a instituição de políticas públicas. A amplitude da referida lei possibilita ao cidadão tornar-se ator de sua história e na sociedade civil. Diante do cenário social, o estudo visou analisar a participação da mídia, polarizada no Grupo Estado, conhecido como Estadão, na divulgação, compreensão e incentivo ao uso da legislação pelo seu leitor. Com sustentação na visão crítica de autores como Harry Pross, Walter Benjamin, Vicente Romano, e análise documental (quantitativa e qualitativa), foi possível analisar o desempenho e posicionamento do Jornal ante a legislação, além de seus interesses. A pesquisa revelou ainda que a informação é tratada, pela grande imprensa, como mercadoria na contemporaneidade, culminando na nova censura.
Palavras-chave: Lei de Acesso à Informação; Transparência; Nova Censura; Manipulação; Informação.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Contribuições da Mídia Para a Interação Entre Grupos Sociais.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Mídia, cultura e política: identidades, representações e configurações do público e do privado no discurso midiático.
Autor(a): Luciana Nascimento Maeda
Orientador(a): Solange Wajnman
Data da defesa: 18/08/2014
Resumo: Presume-se que a TV Cultura, pelo fato de ser emissora pública mantida com verbas do Governo do Estado de São Paulo, tenha problemas de infraestrutura e defasagem tecnológica em relação às emissoras comerciais. Sob esse aspecto, nosso objetivo foi verificar o alcance desse pressuposto a partir de abordagem diacrônica da estética cenográfica dos programas da emissora. Pretendeu-se, de um lado, compreender o processo de construção, as articulações e o modo de fazer cenografia na emissora, e, por outro, verificar como com poucos recursos ela consegue ter organização tecnológica. Foram realizadas entrevistas e consultas ao acervo institucional da emissora, estudos de programas de diversos gêneros e investigações sob o viés das técnicas, tecnologias e organização do trabalho na emissora. O referencial teórico pautou-se nos trabalhos de Grumbrecht sobre materialidade nos estudos de comunicação; de João Batista Cardoso sobre a virtualização do cenário; Arlindo Machado e Renato Ortiz, sobre a evolução dos programas de televisão, e ainda Laurindo Leal Filho, com explanações sobre a administração da TV Cultura. Obtivemos resultados sobre a evolução do espaço cenográfico da emissora, traçamos a narrativa dos processos da linguagem televisiva brasileira levando em conta as exigências da estética cenográfica no processo de chegada de novas tecnologias e mostramos o processo de trabalho da emissora desde as suas telenovelas em preto e branco, como o Teatro 2, o uso do chroma key no infantil ‘Glub Glub’, até o atual cenário virtual usado como solução de defasagens da emissora, entre elas, a falta de espaço físico. Com este estudo, pretende-se contribuir para a formatação do olhar contemporâneo do telespectador sobre a estética dos projetos cenográficos televisivos, em função da inserção de novas tecnologias. Por meio dos cenários da TV Cultura, obtivemos resultados sobre a evolução do espaço cenográfico, traçando uma narrativa dos processos da linguagem da televisão brasileira.
Palavras-chave: TV Cultura; Cenografia; História; Tecnologia.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Configuração de Linguagens e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Moda, comunicação e cultura.
Autor(a): Cristina Ramos e Silva
Orientador(a): Solange Wajnman
Data da defesa: 19/08/2014
Resumo: Este trabalho examina o design de notícias no jornal contemporâneo e tem como objetivo central a investigação dos aspectos sensíveis e corpóreos dos seus modos de presença, os quais se ampliam e reconfiguram sob a influência da digitalização nas comunicações, da conectividade e da convergência tecnológica. A reflexão proposta tem como base as materialidades e apoia-se em autores como Hans Ulrich Gumbrecht, Marshall McLuhan e Vilém Flusser. A partir desses fundamentos teóricos, buscaram-se as manifestações expressivas do Zeitgeist contemporâneo no design do jornal O Estado de S. Paulo. A apreciação dessas formas enfatiza a acoplagem entre experiência estética e comunicação.
Palavras-chave: Design de Notícias; Jornalismo Impresso; Jornalismo On-line; Materialidade.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Configuração de Linguagens e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Moda, comunicação e cultura.
Autor(a): Danilo Santiago Gomes Valentim
Orientador(a): Carla Reis Longhi
Data da defesa: 28/08/2014
Resumo: A temática Sustentabilidade ocupou um espaço de destaque nas duas últimas décadas, tanto nas discussões governamentais, quanto econômicas e sociais. O termo tornou-se conceito e, nos dias atuais, é falado indistintamente por diferentes públicos, em diferentes conjunturas sociais e adquirindo até significados diversos, cujo entendimento abrange conflitos e correntes de interesses. Procurou-se averiguar esse panorama por meio do corpus de estudo deste trabalho, que é a mídia impressa, e o suporte utilizado - o jornal “Folha de S. Paulo” – foi analisado no período de janeiro a julho de 2012. O referencial teórico para análise de conteúdo foi Laurence Bardin e Roque Moraes, como apoio. Sendo assim, analisaram-se alguns dos principais eventos sobre sustentabilidade, tais como: Clube de Roma (1968), Conferência da ONU (1972), Rio 92 (1992) e Rio+20 (2012); também os documentos “Relatório o Futuro que Queremos” (1968), “Relatório Nosso Futuro Comum” (1972), “Agenda 21” (1992), “Agenda 21 Brasileira” (1992), “Agenda 21 Local – São Paulo” (1992), “O Futuro que Queremos” (2012). A contribuição deste trabalho consistiu em observar como a mídia abordou o tema Sustentabilidade; especificamente, o caso da extinção das sacolas plásticas, na cidade de São Paulo, e quais foram os agentes que tiveram vozes no jornal.
Palavras-chave: Mídia Impressa; Sustentabilidade; Agenda Setting; Análise de Conteúdo.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Contribuições da Mídia Para a Interação Entre Grupos Sociais.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Mídia, cultura e política: identidades, representações e configurações do público e do privado no discurso midiático.
Autor(a): Ivaldo Luiz Moreira
Orientador(a): Antonio Adami
Data da defesa: 28/08/2014
Resumo: Esta pesquisa parte do pressuposto de que a diversidade musical no Brasil está submetida ao poder da mídia que, municiada de interesses próprios, exerce papel de responsabilidade por hegemonia e massificação, ao divulgar e promover arbitrariamente uma determinada música ou um artista, em prejuízo da diversidade subjacente à cadeia produtiva musical do país, reduzindo a cultura brasileira. Para tratar do assunto, partiu-se do conceito de hegemonia cultural em Antonio Gramsci (1978) e da sua concepção dialética de mundo em que a contradição, o conflito e o choque das posições - marcadas pelo antagonismo – que devem ser o motor ativo do sujeito para gerar movimento na direção das mudanças sociais, políticas e econômicas, contrário à simples redução do pensamento político, à filosofia ou à ideologia. Essa contribuição teórica de Gramsci compatibiliza-se com o conceito de diversidade cultural em Brant (2005), que valoriza o ingrediente miscigenador e a capacidade de troca e convivência de culturas, e também com o conceito de “indústria cultural” de Theodor Adorno e Horkheimer (1985), que alertam para os padrões que se repetem com a intenção de formar uma estética ou percepção comum voltada ao consumismo. Portanto, o objetivo desta pesquisa é o de ampliar o debate que envolve as questões sobre a produção musical brasileira, o músico, a mídia e os seus veículos, a partir dos meios: televisão, plataformas digitais e dispositivos móveis, com ênfase no meio rádio, pelo seu papel pioneiro de destaque na divulgação e promoção da música. A investigação teve uma abordagem de caráter qualitativo e também buscou entender questões relacionadas aos direitos autorais numa análise parcial da condição do músico brasileiro. Por meio de entrevistas de profissionais atuantes no mercado cultural e midiático, somadas a outras fontes qualitativas, bibliográficas e noticiosas, foi possível obter uma reflexão mais densa, objetiva e diversificada sobre o tema. No fim do estudo, verificou-se que tanto músicos quanto produtores, empresários e instituições estão atentos às novas demandas e exigências do mercado cultural musical, impulsionados pelos avanços tecnológicos e de globalização. Concluiu-se que há por parte dos atores envolvidos uma compreensão mais difusa em relação à necessidade de mudanças nos sistemas de arrecadação e distribuição dos direitos autorais, e em relação à utilização do espaço existente nas novas mídias e tecnologias; contudo, ainda é preciso fortalecer o pensamento democrático de modo a fomentar estratégias funcionais que transformem em ação todo esse potencial cultural e artístico.
Palavras-chave: Mídia; Música; Direitos; Diversidade; Rádio.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Configuração de Linguagens e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Mídia, cultura e memória.
Autor(a): Rubens Aparecido Campos
Orientador(a): Carla Reis Longhi
Data da defesa: 28/08/2014
Resumo: O presente estudo tem por objetivo analisar, a partir da edição de setembro de 2009 da revista “Claudia”, a mudança de imagem da mulher negra, de negativa para positiva. Nessa edição, a atriz negra Taís Araújo aparece na capa, escolhida como a musa da igualdade racial e com uma proposta de fim do racismo. Para investigar essa transição de imagens, pesquisou-se a história da cor da pele, o discurso racial e a influência que esses tiveram na mídia. Buscou-se compreender os estereótipos, os estilos blackface e angel face, ou seja, as formas de representações de mulheres negras e brancas na mídia. Procurou-se, também, entender como a moda, as políticas públicas e a economia, ao transformar a mulher negra em consumidora, influenciam o mercado editorial.
Palavras-chave: Revista Claudia; Blackface; Angel face; Representação da Mulher Negra; Racismo.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Contribuições da Mídia Para a Interação Entre Grupos Sociais.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Mídia, cultura e política: identidades, representações e configurações do público e do privado no discurso midiático.
Autor(a): Fabia Gomes da Silva
Orientador(a): Barbara Heller
Data da defesa: 29/08/2014
Resumo: O presente trabalho, que tem por título “Dialogismo na ‘Marie Claire’ Brasileira: os discursos jornalístico e publicitário (1996 – 2013)”, parte de premissas e reflexões da análise do discurso de Mikhail Bahktin, para quem os gêneros jornalístico e publicitário são dominantes e manifestam-se por meio de ideologias e vozes. Para cumprir os objetivos propostos, fizemos uma análise das capas e dos anúncios direcionadas ao contexto dos editoriais, das seguintes edições da revista ‘Marie Claire’: 61ª; 121ª; 181ª; 241ª e 265ª. A escolha dessas edições deveu-se à preocupação em analisar o que ocorreu no decorrer do período (1996 – 2013), ao longo do qual reconhecemos modulações na linguagem, talvez decorrentes dos recursos tecnológicos, talvez decorrentes de alterações do discurso dominante, suas vozes e ideologias, e talvez até das “linhas criativas”, conceito proposto por Tânia Hoff e Lourdes Gabrielli. Em comum nos dois capítulos, buscamos compreender as vozes da revista, seus anunciantes e, consequentemente, sua ideologia. Reconhecemos que a ideologia predominante está mais voltada ao consumo do que à emancipação feminina, como as revistas previstas para esse público professam ser.
Palavras-chave: Marie Claire; Gêneros do Discurso; Vozes; Ideologia.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Contribuições da Mídia Para a Interação Entre Grupos Sociais.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Mídia, cultura e política: identidades, representações e configurações do público e do privado no discurso midiático.
Autor(a): Giovanna Capomaccio
Orientador(a): Simone Luci Pereira
Data da defesa: 29/08/2014
Resumo: Esta dissertação tem como tema central as narrativas de jovens universitários residentes no litoral de São Paulo. O objetivo é interpretar o consumo, o cuidado com o meio ambiente e formas de consumo sustentável por meio das narrativas juvenis. Além disso, busca-se compreender aspectos mais amplos de suas identidades, suas práticas e imaginários em diálogo com a sociedade contemporânea permeada pelas culturas midiáticas. O consumo é algo que está no cotidiano desses jovens e assume um lugar privilegiado, a partir das apropriações e usos feitos por eles e suas formas de sociabilidade, interações e pertencimento. Este é um tema que já vem sendo discutido há algumas décadas e, mais recentemente, tem sido acrescido pelas noções polissêmicas e paradoxais referentes ao consumo sustentável. Nesse sentido, desenvolver uma pesquisa junto aos jovens nos faz mergulhar num universo amplo e complexo, repleto de multiplicidades, inquietações e singularidades. A busca por conhecer um pouco mais sobre esses jovens, suas vidas, seu cotidiano, suas escolhas, seus desejos e suas relações com a natureza ou meio ambiente e o tema da sustentabilidade, nos auxilia na compreesão de como eles vivem, pensam e atuam socialmente. A metodologia utilizada para esse estudo foi a análise das narrativas juvenis, com entrevistas semiestruturadas com jovens universitários que vivem no litoral de São Paulo num primeiro momento; após isso, foram selecionados 15 jovens para a realização das entrevistas em profundidade. Estas trazem as narrativas, memórias e a elaboração de identidades e trajetórias de vida por parte do entrevistado sendo uma estratégia de investigação em que o pesquisador analisa a história de vida dos sujeitos narradores. Com as narrativas e trajetórias de vida desses jovens, interpretamos temporalidades juvenis e formas de narrar próprias a este grupo, o que contribui para a reflexão sobre as relações entre mídias e processos sociais.
Palavras-chave: Narrativas; Juventude; Consumo; Mídias; Sustentabilidade.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Contribuições da Mídia Para a Interação Entre Grupos Sociais.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Centro de Estudos em Música e Mídia.